Hoje, vamos falar sobre a publicação dos relatórios de Environmental, Social and Governance (ESG) e da sua transparência como um dos requisitos e objetivos fundamentais, possibilitando, assim, que as partes interessadas – investidores, consumidores, fornecedores e sociedade – tenham acesso a uma visão abrangente sobre as ações desenvolvidas e praticadas pelas organizações.
Para que os relatórios sejam autênticos, é necessário que, antes de sua emissão, seja feita a análise de materialidade, uma estratégia que permite identificar quais os temas mais importantes a serem trabalhados pela empresa, no sentido de traçar metas e fazer todo o processo de gestão. Os relatórios devem, dessa forma, comunicar os resultados desse plano estratégico.
Para ajudar as organizações a estruturarem e comunicarem suas iniciativas, métricas e desempenho ESG de maneira transparente e comparável, existem padrões amplamente reconhecidos para a geração de relatórios ESG, como: Global Reporting Initiative (GRI), Sustainability Accounting Standards Board (SASB), Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD), Carbon Disclosure Project (CDP), ISO 26000, Morningstar Sustainalytics e Padrões Europeus e Regulatórios: Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD) e EU Taxonomy.
Um dos desafios é que muitas empresas, atualmente, se apresentam no mercado como sendo sustentáveis, mas as informações que constam em seus relatórios não são comprováveis.
Por que existe dificuldade na emissão de relatórios ESG transparentes?
Conforme mencionado, a elaboração desses relatórios ainda não é vista, por muitas organizações, como a divulgação dos resultados reais de um bom plano estratégico de sustentabilidade. Afinal, será que as organizações estão verdadeiramente dispostas a compartilhar todos os seus dados relevantes, principalmente quando eles podem expor falhas ou inconsistências em suas operações?
E sem transparência nos relatórios ESG, como saber se as ações das empresas estão sendo muito ou pouco efetivas, já que não é possível compará-las com organizações parecidas ou com o setor em que atuam?
Quais consequências a falta de transparência pode gerar?
Assim, é possível constatar que emitir relatórios ESG transparentes ainda é algo desafiador, existindo o risco de as empresas criarem uma fachada de sustentabilidade e responsabilidade social, uma mera vitrine de boas intenções, sem ações verdadeiras e consistentes por trás disso. Em outras palavras, muitas organizações podem acabar se limitando a divulgar informações superficiais ou parciais, visando muito mais usar apenas alguns dados que passem uma falsa imagem positiva aos olhos de consumidores e investidores, do que a efetiva implementação interna de práticas ESG.
E isso é negativo não apenas para o universo corporativo e para os negócios – já que coloca em risco a credibilidade e a reputação das empresas –, mas, principalmente, para toda a sociedade, por não promover uma real transformação na mentalidade e, consequentemente, na compreensão da importância de práticas ambientais, sociais e éticas para a construção de um mundo melhor, mais justo e sustentável, inclusive para as próximas gerações.
Transparência nos relatórios ESG: é preciso alcançá-la
Como você pode ver, a publicação de relatórios ESG transparentes, apesar de ser algo imprescindível, ainda não é uma realidade em todas as organizações, porque requer uma real conscientização por parte das empresas. No entanto, é importante que essa constatação sirva de alerta quanto à necessidade e a urgência de encontrar saídas satisfatórias, utilizando o contínuo avanço tecnológico como aliado desse processo.
E você, já implantou práticas ESG consistentes na sua organização? Seus relatórios refletem o real cenário ESG e as verdadeiras ações da sua empresa?
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