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ESG e sustentabilidade: conheça a história dos termos e saiba como se diferenciam

Você com certeza já se deparou com a sigla ESG em diversos lugares. Mas você realmente sabe o que ela significa? E o mais importante, compreende a diferença entre ESG e sustentabilidade? Pois, sim, embora muitas pessoas confundam, na realidade, são dois conceitos diferentes!

Enquanto a sustentabilidade abrange uma ampla gama de preocupações e busca o equilíbrio entre as necessidades presentes e futuras, o ESG é voltado especificamente às práticas adotadas pelas empresas para garantir que suas atividades sejam socialmente responsáveis, ambientalmente sustentáveis e eticamente corretas.

Uma história que precisou de mudanças

Desde a revolução industrial, a forma como a sociedade se organizou, conhecida como economia linear, se baseou na extração crescente de recursos naturais, seu consumo e descarte. Porém, essa abordagem tem se mostrado cada vez mais insustentável, gerando impactos ambientais, sociais e econômicos globais.

Por décadas, se discute como conciliar o desenvolvimento econômico com a minimização dos impactos ambientais e a promoção da inclusão social. E é aqui que entram em cena os conceitos de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável.

A jornada rumo ao desenvolvimento sustentável

A jornada rumo ao desenvolvimento sustentável teve marcos importantes ao longo dos anos, desde os alertas pioneiros de obras como "Primavera Silenciosa" de Rachel Carson, em 1962, passando pela publicação, em 1972, do livro “Os limites do crescimento”, de Donela Meadows até o influente Relatório Brundtland - “Nosso Futuro Comum”, de 1987, e da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, da Assembleia Geral da ONU, que apresentou pela primeira vez a interconexão entre questões ambientais e sociais e o termo sustentabilidade.

Com base nesse Relatório Brundtland, o conceito de desenvolvimento sustentável se consolidou ainda mais durante a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, que ocorreu no Rio de Janeiro, em 1992, conhecida como ECO-92. Foi a primeira vez que a comunidade política internacional assumiu o compromisso e admitiu que era preciso conciliar os componentes econômicos, ambientais e sociais ao debate, considerando temas essenciais à agenda de todos os países.

Neste contexto, o termo sustentabilidade passou a ser utilizado para definir uma abordagem de gestão de resultados equilibrada entre três pilares: econômico, social e ambiental, também conhecidos como Tripple Bottom Line. Nessa abordagem de estratégia e gestão, proposta por John Elkington em 1994, sugere-se que o desempenho da organização, além de ser medido por seus resultados econômicos, considere também o resultado de seus impactos, positivos e negativos, nas esferas social e ambiental.

Surge o termo ESG

O termo ESG surgiu em 2004, como parte da iniciativa "Who Cares Wins" do Pacto Global da ONU, ganhando ainda mais força com os Princípios para o Investimento Responsável, lançados em 2006, que acabaram incentivando os gestores de recursos a considerar critérios ESG em suas decisões de investimento.

Mas, afinal, o que exatamente significa ESG? A sigla para Environmental (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança) representa diferentes critérios usados para avaliar riscos, oportunidades e impactos, orientando práticas empresariais e decisões de investimento.

Os critérios ambientais abordam desde a poluição atmosférica até a perda de biodiversidade, enquanto os critérios sociais consideram o impacto nas comunidades locais, nos direitos humanos e na diversidade. Já os critérios de governança analisam como as empresas são administradas e tomam decisões, incluindo transparência e ética.

Embora o foco central do ESG seja a integração de aspectos socioambientais para gerenciar riscos, sua visão ampliada reconhece que a sustentabilidade é essencial para o sucesso a longo prazo das empresas, seus stakeholders e para o meio ambiente.